Decorreu ontem no Palácio de Belém a cerimónia de entrega do título de membro honorário da Ordem de Mérito à Rádio Renascença. Foi o primeiro órgão de comunicação social privado a ser agraciado com esta distinção.
O Presidente da República elogiou “a visão estratégica e tenacidade” do fundador, Monsenhor Lopes da Cruz, e justificou a longevidade da rádio “por ao longo dos anos possuir a sabedoria necessária para conciliar duas exigências nem sempre coincidentes: por um lado, a adaptação ao ritmo vertiginoso do tempo, por outro lado, a preservação da sua matriz fundadora e da sua marca identitária.” Cavaco Silva destacou os laços afectivos que ligaram a rádio ao país: “conquistou por mérito inteiramente seu o apreço do povo português. Gerações inteiras tiveram na Rádio Renascença a sua fonte de informação, o jornalismo de qualidade, a companhia do entretenimento, a cultura, a par de programas de grande popularidade. A Renascença faz parte da nossa vida. Nascemos e crescemos a ouvi-la.”
Recordou, de seguida, o papel marcante da rádio no lançamento da revolução do 25 de Abril, e os momentos conturbados que se seguiram, em que se assumiu como “bastião dos valores da liberdade, do pluralismo e da democracia.” E mostrou que a Renascença, com 75 anos, não se ateve aos sucessos do passado, mas soube modernizar-se e inovar, “marcando presença na multimédia, em áreas como a web, o online, o vídeo e web tv” Por fim, o Presidente da República realçou a influência da rádio junto do seu auditório e afirmou que “o sucesso de 75 anos da rádio também se deve ao facto de ela saber escutar os sinais que a sociedade portuguesa lhe transmite.”
O presidente do conselho de gerência do Grupo r/com, cónego João Aguiar Campos, afirmou que a “Renascença é rádio de serviço, não é uma rádio de poder, nem do poder”, e que tem uma missão bem definida que soube cumprir ao longo dos últimos 75 anos. João Aguiar Campos agradeceu ainda a distinção, dizendo que “é uma honra e uma responsabilidade, e a melhor forma de agradecermos é continuarmos fieis ao código genético”. A missão deve portanto prosseguir, com “entretenimento sadio, formação que liberte consciências e informação que ajude a saber, a compreender e a intervir”.
Estiveram presentes na cerimónia o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da Comunicação Social, Miguel Relvas, o Ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, D. Rino Passigato, Núncio Apostólico, D. Nuno Brás, bispo auxiliar de Lisboa, bem como outras personalidades da sociedade portuguesa, além de antigos e actuais colaboradoras da Renascença. A Ordem de Mérito visa distinguir serviços de grande valor para o país e exaltar a qualidade e a excelência.
As Ordens de Mérito nasceram em 1927, quando foi criada a Ordem da Instrução e Benemerência, galardão atribuído a cidadãos nacionais e estrangeiros ou corporações, cuja contribuição na sociedade influenciava o progresso e prosperidade do país.
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Créditos: José Frade